Exposição Mise en abyme de Eduardo Batarda no CGAC
O Centro Galego de Arte Contemporânea (Santiago de Compostela) acolhe a exposição “Mise em abyme” do artista português Eduardo Batarda. Trata-se da primeira mostra individual do criador luso em Espan e é composta por uma selecção de obras que representam a ideia do infinito e do abismo.
A exposição tem como comissário o artista português Julião Sarmento, quem para além de contar com uma importante projeção internacional, é um grande conhecedor da obra de Batarda.
Esta exposição, anteriormente realizada em Portugal, propõe um percurso pela obra do artista e trata-se de uma representação infinita de imagens dentro de imagens, é por isso que a mostra recebe o nome da expressão francesa “Mise en abyme”.
Eduardo Batarda
Nasceu em Coimbra em 1943. É um artista muito conhecido no seu país e a sua obra vem influenciada nos seus começos pelo pop inglês, a banda desenhada e a ilustração. Estudou pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa nos anos 70, frequentou o Royal Collage of Art graças a uma bolsa concedida pela Fundação Calouste Gulbenkian e foi professor da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Porto. Começou a expor o seu trabalho em 1968 destacando-se, entre outras, as retrospectivas realizadas pelo Centro de Arte Moderna de Lisboa em 1998 e o Museu de Serralves de Porto em 2011, organizada a propósito do prêmio EDP a toda sua trajectória concedido anos atrás.
A pintura de Batarda é uma obra criptografada, um desafio ante o qual o espectador desenvolve o importante papel de descodificador. Esta interacção dá lugar assim a múltiplas interpretações que enriquecem a interessante proposta artística do português criando um diálogo entre a obra e o receptor da sua arte.
A exposição Mise en abyme, além de incluir 50 peças do autor inclui 30 collages criados a partir de frases em inglês procedentes de textos.
Mise en abyme permanecerá aberta até o 21 de janeiro de 2018 no Centro Galego de Arte Contemporânea: Rúa Vale Inclán, 2, 15703 Santiago de Compostela, A Corunha.
Este centro galego tem outra conexão lusa já que o edifício é uma obra do Arquiteto Siza Vieira.