Exposição de Isaque Pinheiro em Murcia
A galeria Artnueve de Murcia, acolhe a exposição “Había una piedra en el camino”, (Havia uma pedra no caminho) de Isaque Pinheiro.
A mostra do artista português está formada por peças em mármore cuja materialidade, segundo Jesús Alcaide:
<<.. é atravessada por questões que têm a ver com viagens, mobilidade, transporte, com base na noção de um mapa que muitas vezes atua como um trompe-l’oeil. O mapa como uma experiência vital. O mapa como um auto-retrato. O mapa como um futuro incerto. >>
Nas peças de Isaque há sempre algo que nos incita a estar entre elas. Num lugar intermediário. Entre várias vezes. Vários espaços. Nesse espaço de incerteza que não é outro senão aquele em que a experiência artística acontece sempre.
Nas obras de Isaque é <<como se a textura da embalagem plástica tivesse sido transferida para a pedra (….) ela tenta desafiar o tempo, estabelecer-se num ser aqui e agora, sempre entre, naquele intervalo em que a vida acontece e o segredo acontece.>>
“Una puerta en el camino” ( Uma porta no caminho) é o título escolhido para uma das obras apresentadas nesta exposição. Um lugar de passagem. Um elemento que nos convida a sermos trespassados. Uma persiana meio-aberta que nos induz a ir para outro lugar. As coordenadas secretas estão no mapa. A bagagem trancada naquelas caixas. A viagem está prestes a começar. O mármore ainda está a incluir as respostas. A imagem surge sempre por extracção. Vamos perguntar ao mármore mais uma vez.
“Había una piedra en el camino” pode ser visitada na galeria Artnueve até 13 de Abril
Isaque Pinheiro (Lisboa, 1972). Vive e trabalha no Porto. Para além das exposições individuais em galerias com as quais trabalha, como a Galeria Presença no Porto, a Galeria Caroline Pagès em Lisboa, a Galeria Mário Sequeira em Braga, a Esther Montoriol em Barcelona, a Laura Marsiaj no Rio de Janeiro e a Galeria Ybakatu em Curitiba, entre outras, participa também em exposições colectivas como o Museu Stenersen em Oslo, o Centro Galego de Arte Contemporânea em Compostela e a Caixa Cultural do Rio de Janeiro.