Cafés históricos do Porto, os nossos favoritos

 A Cidade de Invicta é conhecida pelos seus vinhos, pela sua gastronomia e pelo seu centro histórico, que é Património Mundial da UNESCO, mas também tem muitos locais onde a vida quotidiana da cidade se desenvolveu ao longo dos anos, tais como os cafés históricos. Estes centros de lazer e cultura resistiram ao teste do tempo, viram todos os tipos de artistas passar pelas suas mesas e ainda hoje mantêm a sua magia e são a artéria central da vida na cidade.
De todos eles, 5 são os cafés históricos do Porto que mais gostamos, apresentamos a seguir.
Obra do Arquitecto João Queiroz, este café abriu as suas portas a 17 de Dezembro de 1921, primeiro sob o nome de café Elite.
O Café Majestic conta a história do Porto, a história dos anos 20, dos encontros políticos e do debate de ideias. A da “Belle Époque”, de escritores e artistas. Situada na Rua Santa Catarina, avenida pedonal de comércio e passeio da sociedade de então e agora, iluminou o passeio com a sua decoração Art Nouveau.
Em 24 de janeiro de 1983, foi declarado edifício de interesse público.
Dentro da planta rectangular do estabelecimento, reina a língua Art Nouveau. O pátio interior, construído em 1925, é um canto de contorno delicado, com uma pequena escadaria e balaustrada, concebido como se fosse um jardim de inverno.
 A Brasileira
Cafés históricos

Foto: Manuel de Sousa

Café A Brasileira é um dos mais emblemáticos cafés de Porto. Está situado na Rua de Sá da Bandeira, em plena Baixa de Porto.

Tem uma bela fachada, com um magnífico pára-sol de ferro e vidro, e um interior deslumbrante, no qual se destacam os cristais, os mármores e o mobiliário em couro grabado.

O estabelecimento foi fundado por Adriano Soares Teles do Vale. Ainda jovem, Adriano emigrou para o Brasil onde se dedicou ao negócio do café, que o enriqueceu no final do século XIX. De regresso a Portugal, criou uma rede de pontos de café que produzia e importava café do Brasil: as famosas “Brasileiras”, distribuídas em Lisboa (Chiado e Rossio), Porto, Braga, Aveiro, Coimbra e Sevilha.

De regresso ao Porto, fundou a “A Brasileira”, inaugurada a 4 de Maio de 1903, para servir café numa chávena. Nessa altura, a cidade não estava habituada a beber café em estabelecimentos públicos. Adriano Teles, para promover o seu produto, ofereceu, durante os primeiros treze anos da “A Brasileira”, café numa chávena grátis no seu estabelecimento a quem comprasse um saco de grãos de café. Adriano Teles tinha o slogan que se tornaria famoso pintado em várias paredes da cidade: “O melhor café é o de A Brasileira”.

Fechado em 2013 e após uma intervenção de reabilitação e reconstrução profunda reabriu com cafetaria, restaurante e hotel Pestana cinco estrelas a 23 de Março de 2018.

Localizado na Rua Actor João Guedes, está aberto desde 1899 e é o mais antigo café do Porto. A necessária evolução e adaptação aos gostos e hábitos dos clientes não significa que o melhor se tenha perdido. Este é o caso do excelente menu de café e torradas, considerado um dos melhores do Porto. A estas especialidades que a tradição não esqueceu, juntam-se agora os crepes e os brunchs, uma inovação recente mas muito popular.
Inaugurado na década de 1950, o Café Ceuta adotou o nome da rua onde está localizado. Os mármores e espelhos das paredes e pinturas de Coelho de Figueiredo são alguns dos sinais de identidade do que é sem dúvida um dos Cafés Históricos do Porto. Viu ministros, deputados e outras personalidades importantes da cidade de Invicta passarem por suas cadeiras. Com alguns pormenores arquitectónicos modernos, nas suas paredes podemos encontrar painéis e mobiliário que retratam a conquista de Ceuta pelos portugueses.
No 29 de janeiro de 1933, foi inaugurado o Café Guarany, remodelado pelo arquiteto Rogério de Azevedo e decorado pelo escultor Henrique Moreira, autor do famoso alto-relevo em mármore do Índio.
O Café Guarany evoca as memórias das tribos sul-americanas e brasileiras do século XX, como o primeiro produtor de café do mundo.
Lugar de eleição para as elites artísticas, intelectuais e comerciais de outros tempos, em 2003 foi renovado com a restauração de mesas e cadeiras, luminárias, a cobertura de ornamentos de mármore e aço e cobre, respeitando escrupulosamente o espaço original.
Transportando um ideal de espaço cultural, dois painéis do pintor Graça Morais, “Os Senhores da Amazônia”, em acrílico e pastel sobre tela, também se destacaram. O artista retrata o modus vivendi da tribo guarani, como eles organizam seu cotidiano, os instrumentos que usam, os seus desejos e ansiedades. As pinturas de Graça Morais são sem dúvida uma das marcas mais significativas desta nova vida guarani, cada vez mais aberta à cultura.
Um dos cafés históricos mais peculiares do Porto.

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